Para lá de Marrakesh

Radicado em Santa Cruz, o fotógrafo Sandro Vox já expôs em Marrakesh e em Paris

Escrito por Boécio Vidal Lannes, 05 de Maio às 18h00 

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Sandro Vox é um carioca que está sempre correndo atrás de um novo sonho. Sonho que se transforma em desafio. Desafio que se transforma em vitória. É fotógrafo premiado no Marrocos e na França. Também faz cinema. Mas sua história precisa ser contada passo a passo.

 

 

Sandro mora há oito anos no bairro de Santa Cruz. Antes residia no Parque Colúmbia na Pavuna. Descobriu a paixão pela fotografia ainda criança, durante a celebração da primeira comunhão. Ele conta que o fotógrafo do bairro, chamado Mário, o convidou para acompanhar uma seção de revelação de fotos na casa dele. “Aquilo foi um momento mágico para mim”, confessa.

Aos dezesseis anos, compra a primeira câmera, e sai fotografando tudo o que vê. Sandro lembra que, há 20 anos, os cursos e até as revistas e livros de fotografia eram muito caros. Sandro, então, comprava jornais impressos e estudava a luz e os ângulos das fotografias publicadas.

Aos 18 anos matricula-se no curso de fotografia do Instituto Nacional de Ensino (INE), na Tijuca (RJ). Na época, já fotografava profissionalmente aniversários e casamentos na Pavuna. Sandro sempre acreditou que a fotografia poderia ajudar as pessoas, principalmente as crianças, que aprendem com facilidade. Em 2004, lança um site onde publica notícias ilustradas com fotos de incêndios, enchentes e as “peladas” de futebol.

E é no futebol que ele se encontra. Ainda bem jovem, passa a fotografar a equipe do América F.C. Antes disso, faz fotos de celebridades na RedeTV! e da Rádio Fut Rio, na qual cobre campeonatos de futebol das séries B e C no Rio de Janeiro.

Brincadeiras tradicionais como peão, bolinha de gude, amarelinha e peteca são captadas por sua lente, em 2012, para o documentário fotográfico Chão de Barro. Neste mesmo ano, muda-se para o bairro Jesuítas em Santa Cruz, onde segue retratando as brincadeiras das crianças do subúrbio. Em 2017, conquista uma bolsa de estudos na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) onde inicia o curso de cinema documental. Ali começa a incorporar a fotografia ao cinema.

 

Em outubro de 2018, a presidente da Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture, Diva Pavesi, se encanta com as imagens do documentário Chão de Barro e o convida para expor suas obras no Museu do Louvre, em Paris. As fotos sobre futebol vão parar no Musée de la Palmeraie, em Marrakesh, no Marrocos.

Suas fotos, tocantes, levam essas duas instituições a iniciar uma campanha para arrecadar dinheiro para a construção de uma quadra de esportes e de uma biblioteca em Santa Cruz. Sandro tem esperança de realizar mais esse sonho.

Ainda em 2018, ao lado do cineasta Carlos Júnior, ele finaliza o documentário Tambores de Arrozal, no qual resgata a história do jongo em Arrozal, distrito de Piraí (RJ). O filme ganha uma moção de louvor na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Em novembro de 2019, o filme é agraciado com o prêmio de melhor direção no Festival de Cinema de Cabo Frio.

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